quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Capitulo 10 - Bem vindo ao clube: Testemunha

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- Ele esta do meu lado, estamos de carro, ele não quis ir de ambulância.

- Mas me conta com calma, o que aconteceu?

- Meu irmão tinha uma espada escondida em casa, achei sem querer. Então achei que meu irmão pudesse ter matado o Brian, Pai dos gêmeos, e chamei eles pra dar uma olhada. Kau e Roger vieram junto. De repente meu irmão apareceu, rolou algumas discussões e Roger e Dan acabaram brigando. Meu irmão pegou a espada e tentou cortar Roger, ele foi se defender e colocou o braço na frente no susto, então Dan cortou o braço dele do cotovelo até o pulso, esta horrível.

- Meu Deus! Que terror.

- Pois é, eu te ligo depois Sil, e aviso quando sairmos do hospital.

- Vou esperar viu Chris.

- Confie em mim, beijos.

Voltei meus olhos para Roger segurando o braço, estava com uma cara de pavor. Mas todos nós sabíamos que não era por causa da dor. E todos no carro pensavam a mesma coisa, " Será que o braço dele vai ficar como o do Dan?"

E parecia que eu já tinha visto aquela cena, Roger saindo do hospital enquanto estávamos todos do lado de fora esperando em uns bancos. E uma faixa enrolada em seu braço esquerdo, e nosso medo se concretizando cada vez mais.

- E então, amor?

- Não foi nada, ninguém precisa se preocupar, é só um corte simples.

Se a intenção dele era transmitir confiança, ele conseguiu, mas se ele queria tirar a ideia de nossas cabeças, falhou miseravelmente.

E no meio do silêncio mortal dentro do carro, o próprio Roger resolveu contestar:

- E se ficar?

- Se ficar, daremos um jeito, amor.

E para quebrar o clima, Juan resolveu brincar:

- Pense pelo lado positivo, parece que o Dan ficou mais estiloso com a faixa no braço.

- Mas a mancha no pescoço não me parece muito charmosa.

- Manchas caíram de moda desde que o Tim Maia morreu, é verdade.

Todos caíram na gargalhada, a maldade nas brincadeiras deles eram sempre engraçadas. Mas nem isso tirou o olhar de medo de Roger, de ficar como Dan.

Levamos Roger e Kau até a casa de Roger, era muito longe, mas eu quis ir junto. Roger conversou comigo e pediu para deixar a moto dele na minha casa por alguns dias, quando ele tivesse condições de ir buscar, tiraria ela de lá. Mesmo eu sabendo que minha Mãe detestaria a idéia, porque ela detesta todas as idéias, eu concordei, não tinha mal nenhum nisso.

No meio do caminho de volta para minha casa, começamos a pensar sobre tudo o que estava acontecendo:

- Eu não estou conseguindo entender absolutamente nada.

Luan estava dirigindo, então palpitava pouco, Juan conversava mais comigo:

- Está se tornando um enorme quebra cabeças.

- E essa peça parece ser fundamental.

Mostrei o cabo de espada quebrada do qual eu não entendia nada, que ainda estava em meu colo:

- Acho que seu Pai e meu irmão devem ter se encontrado na Índia. E comprado elas.

- Sinto te informar, mas em lugar nenhum do mundo, alguém simplesmente venderia um artefato como esse.

- O que acha que pode ter acontecido?

- São peças muito idênticas, o que pode ter acontecido eu não sei, mas parece que meu Pai queria nos dizer alguma coisa, e manter essa espada longe do Dan.

- Como assim dizer alguma coisa?

- É mais complicado do que parece Chris.

Tentei pensar comigo o que seria mais complicado do que uma espada quebrada e inteira ao mesmo tempo, ou duas espadas iguais separadas, uma com cada um.

- Essa parte redonda da espada, estava embrulhada em um papel se lembra?

- Sim.

Então Juan tirou a carteira do bolso, e me mostrou o papel. Quando peguei o papel na mão, vi umas anotações, e não entendi completamente nada, era uma sequência estranha de números.

3725818J1220536L

E embaixo do papel todo amassado, um símbolo estranho, como se fosse de alguma corporação militar ou algo do tipo.

Fato era que, se eu estava confuso antes, agora eu estava pior, muito pior:

- O que vocês acham que significa?

- Pesquisamos sobre esse símbolo na internet e as inicias escritas logo abaixo, não encontramos absolutamente nada.

- Acham que alguém pode ter tramado tudo justamente para nos confundir?

- E porque o meu Pai faria uma coisa dessas? Ele sempre foi um homem direto.

Mesmo se eu forçasse meu cérebro, eu não conseguiria pensar em nada, então resolvi parar de falar sobre.

Quando menos esperava, o carro já estava parando na frente de casa, e então vi uma vizinha minha no meu portão conversando com minha Mãe.

Descemos e os gêmeos vieram comigo, quando chegamos no portão, a mulher e a minha Mãe nos olharam com cara de assustadas e olharam para Luan e Juan:

- Olá garotos, boa noite.

- Boa noite. Respondi.

- Sei que vocês não me conhecem muito bem, mas sempre vejo vocês pelas ruas do bairro.

Juan e Luan olharam estranhamente um para o outro:

- Sim! Nos recordamos de você.

- Então, eu uso a rua de vocês pra poder chegar na minha casa, e preciso lhes contar uma coisa que eu presenciei.

Por alguns instantes, achei que seria tudo respondido, mas tudo pirou quando ela concretizou:

- Sei do caso do Dan, e sei que ele esta sendo procurado pela morte do Pai de vocês. Mas acho que não foi Dan quem o matou, pois no dia em que vocês encontraram o Pai de vocês, eu estava na rua, e vi seu Pai descendo de uma limusine e sendo escoltado por dois homens, que pareciam militares, mas os uniformes eram estranhos.

Luan, Juan e eu nos olhamos e estava instalado o incompreensível.

sábado, 21 de agosto de 2010

Capitulo 9 - Bem vindo ao clube: É hora de vingança

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Meus olhos estavam arregalados, uma mistura de raiva e emoção tomaram conta de mim. Eu mal podia acreditar, era o Danilo, meu irmão de sangue, andando em minha direção como se fosse me agredir. Com medo larguei a espada e dei alguns passos para trás. Todos se afastaram, e a espada acabou ficando nas mãos da pior hipótese, Roger.
- Isso é considerado uma prova ainda.
E Danilo enquanto andava na direção dele, parou no meio do caminho:
- Ainda não é uma prova, mas se não me der ela. Faço ela virar.
- Que seja uma prova contra mim então.
Dan percebeu que Roger não iria entregar tão fácil, então deu mais um passo em nossa direção, e todos se afastaram mais. Os vizinhos começaram a sair pouco a pouco, e obviamente, a policia chegaria, todos sabiam que Dan era procurado. Mas então a Kau entrou no meio do caminho entre os dois:
- Nós não precisamos resolver as coisas desse jeito. Roger você não tem nada a ver com essa história, entregue a espada.
- Vocês não entendem, eu preciso da espada para continuar vivo.
- Ninguém precisa de uma arma para continuar vivo.
- Essa espada não é uma espada qualquer.
- O que ela tem de tão especial?
- É o que pretendo descobrir, e ficar longe dela esta me afetando.
Então, Dan abriu um pouco da jaqueta que estava usando e mostrou parte de seu ombro, e todos viram uma mancha preta, que continuava no braço, mas estava todo enrolado com uma faixa.
Não percebemos, mas minha Mãe já tinha ouvido a voz dele, e saído no portão:
- Filho o que esta acontecendo? Que mancha é essa?
- Não tem com o que se preocupar Mãe, eu vou ficar bem, só preciso que me entreguem a espada e eu irei atrás de respostas.
Ele ficou subitamente calmo, e olhou para os gêmeos:
- Porque estão calados?
- Você matou nosso Pai?
- Claro que não. Porque eu faria isso?
E então Luan levantou o pedaço do cabo da espada:
- Olhe pra isso, o que significa para você?
Dan ficou surpreso, e muito confuso. Olhou de volta para a espada na mão de Roger:
- O que vocês fizeram?
- Ainda nada, mas queremos explicações.
- Eu não tenho nem como explicar o que acontece comigo, o que te faz pensar que posso explicar o que esta acontecendo com vocês?
- Porque meu Pai estava segurando um cabo de uma espada como a sua?
- Eu não sei.
- Como não sabe?
Uma lágrima escorreu nos olhos de Luan, que ameaçou ir pra cima de Dan:
- Se você tiver alguma coisa com isso, iremos pessoalmente atrás de ti.
Dan então abaixou a cabeça, como se sentisse culpado:
- Eu não matei seu Pai.
Um silêncio tomou conta:
- Mas posso descobrir quem foi, me entreguem a espada e farei o possivel.
E Juan:
- Desculpe, mas ninguém aqui acredita mais em você.
Visivelmente irritado, Dan resmungou:
- Eu preciso da espada.
E para a fúria total de Dan, Roger respondeu:
- Não vai ter.
Dan voltou á caminhar em nossa direção, mas já estava bem próximo, olhou com agressividade para Roger e disse:
- Então será á força.
Eu ouvi por alguns instantes a voz de Kau gritando "Não", mas tarde demais, Roger levantou a espada sobre sua cabeça, a impressão que tínhamos, era que Dan seria partido ao meio, mas não foi o que aconteceu.
Nem sequer conseguimos enxergar o movimento de Dan, e ele já estava com a sua mão inteira no estomago de Roger, que com muita dor, largou a espada, deixando cair na calçada. Pensei em correr e pegar a espada, mas Dan empurrou Roger, que caiu nos braços de Kau, e colocou o pé em cima da espada:
- Nem sequer te conheço, isso não é da sua conta.
Minha Mãe começou a chorar, e senti uma vontade enorme de socar fortemente meu irmão, e aposto que Luan e Juan também, pois os dois chegaram a dar um passo a frente, quando Dan resolveu intervir:
- Nem pensem em fazer isso.
E pegou a espada com a mão.
- Chris, sumirei novamente, mas apareço para te explicar o que esta acontecendo.
Resolvi ficar calado, não sabia o que dizer.
Olhamos para minha Mãe, e ela entrou correndo, achamos que ela iria chamar a policia, então ficamos mais calmos, mas quando Dan virou de costas, Roger se levantou rapidamente, e com toda a força do seu corpo, acertou um soco nas costas de Dan, que caiu um pouco mais a frente.
Quando Dan se levantou, pegou a espada nas mãos, e um pavor tomou conta de todos, a cena havia se revertido, achamos que Roger seria fatiado, mas Kau entrou na frente de Roger:
- Não vou permitir que faça nada.
- Já faz tempo que você não me diz mais o que devo e o que não devo fazer garota.
E empurrou ela para longe, e então disse a Roger:
- Eu não vou te matar, mas farei algo muito pior.
Levantou a espada, e então resolvemos agir, mas não deu tempo.
Uma faixa de sangue voou em nossa direção, e o grito de Kau tomou conta de toda a vizinhança.

Nunca tinha sentido tanta raiva, e coloquei toda a minha força no meu chute, mas meu irmão sequer saiu do lugar, me empurrou para longe, e cai sentado na calçada. Luan a Juan então, pararam no meio do caminho.
Mas então Roger se levantou, e tentou ainda acertar Dan, que acertou um chute certeiro na cara de Roger, e caiu novamente, então Dan olhou para Kau no chão:
- Não se preocupe, não mataria seu namoradinho, mas parece que ele não vai me esquecer tão cedo.
Dan então saiu correndo descendo a rua, fiquei imaginando para onde ele iria.
Luan ajudou Kau a se levantar, e Juan acolheu Roger, e então todos puderam ver o que tinha acontecido.
Roger acabara de ganhar uma cicatriz no braço esquerdo.









Desculpem mais uma vez o atraso da postagem, mas tenho um bom motivo para essa semana também. Infelizmente, perdi por parada respiratória, meu amigo de apenas 20 anos, o querido e simplesmente . Que tanto jogamos video-game e conhecemos juntos o dublador do Mario Bros. Sentirei saudades de ti tambem cara, tu viverá para sempre enquanto eu me lembrar de ti.
-

E um aviso rapido, sem querer quebrar o clima do fim do livro, meu blog esta inscrito no 2° Prêmio BlogBooks, tem um banner ali em cima, ta vendo? Não? Ali do lado direito! Isso, mais pra cima, aeee.
Então, se tu achas que meu blog merece virar um livro ( O que seria ideal ), vote em mim.
Obrigado a todos pela compreensão.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Capitulo 8 - Bem vindo ao clube : O começo do mistério

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Finalmente, última semana de férias.

Eu sei, era loucura pensar assim, mas loucura maior era passar as férias que eu estava passando. Não tinha absolutamente nada pra fazer.

O único final de semana que fiz algo, foi aquele mesmo onde fui pro Kazebre com os amigos dos meus irmãos, que agora são meus amigos também. Kau me pede favores, Sil e eu conversamos sempre por telefone agora, e meu irmão simplesmente desapareceu, já era considerado um foragido. Mas o que me assustou mesmo, foram os irmãos Cargnielli. Desde a morte do Pai deles, eles se trancaram em sua casa, e até então, não tive mais noticias.

Eu queria ligar pra eles, mas não tinha um motivo especifico, então, me lembrei da espada. Eu ainda estava fascinado por ela, mas não posso mentir, eu sabia que talvez, meu irmão tivesse usado ela pra matar Brian, e minha cabeça estava confusa por isso. Mas cometi um erro pior, eu lavei ela, e pendurei na parede do meu quarto, mas do lado da cama do Dan, e lá ela ficou até agora, eu disse pra minha Mãe que Dan tinha trazido da viagem e eu achei, disse que era uma lembrança.

E então, no auge do peso em minha consciência, liguei para os gêmeos, e pedi pra que eles viessem em casa, ver a espada, e então eu explicaria tudo a eles. Achei que eles não viriam, mas não hesitaram em responder sim, e quando menos esperei, estavam os dois em meu portão. Definitivamente, as coisas não eram mais as mesmas.

Eu queria parecer ter amadurecido depois que conheci eles, então, eu fingi estar escutando uma banda de rock dessas que apareceram agora, pra mostrar pra eles que eu estava, digamos, influenciado por meu irmão e por eles, então deixei baixo no computador, mas pra minha decepção, Luan me disse :

- Eu posso saber que lixo é esse que você esta escutando ?

- Essa musica é legal cara.

E Juan :

- É legal em um manicômio, desliga essa merda, ou bota um Ac/Dc ai.

Ok ! Admito, devia ter lembrado de algo legal antigo.

E então, assim que Juan sentou na minha cama, ficou de frente pra cama do Dan, e viu sozinho a espada na parede, e rapidamente se levantou :

- Onde você conseguiu isso ?

- Eu chamei vocês justamente para mostrar ela, a irmãzinha da Kau achou em meio as coisas do Dan.

Mas a impressão que eu tive, era de estar dando informações a uma pessoa que já era especialista. Rapidamente, Luan tirou ela da parede, e eu estava esperando os dois analisarem o material da espada, pois eu não sabia do que se tratava exatamente, era incrivelmente cromada, por inteira, até o cabo, e cheia de desenhos parecido com tribais, negros, que tomavam ela inteira. Mas ao invés disso, os dois viraram a espada, e foram diretamente ao cabo, onde havia uma esfera cromada também, um comentou com o outro :

- Cara ! Isso aqui é idêntico á peça.

- Estou vendo.

- Será que ... ?

- Não pode ser.

E então os dois se viraram pra mim :

- Seu irmão trouxe isso ?

E eu prontamente respondi:

- Sim ! Estava enrolada em uma faixa, mas eu desenrolei e lavei ela.

Não quis falar sobre o sangue. Achei que eles me perturbariam. Mas eles pegaram o celular :

- Kau ! Não faz idéia do que acabamos de achar. Vai pra nossa casa direto.

Me senti meio deslocado então, eles eram ou não eram meus amigos afinal ? Vi que eles estavam escondendo algo, mas como eu também estava, não relutei.

- Chris, podemos levar a espada ?

Eu não queria correr risco de meu irmão voltar e ela não estar lá, ela era importante pro Dan e eu ainda tinha esperanças:

- Acho melhor não, deixa ela ai, senão terei que dar explicações para a minha Mãe.

Eles olharam um para o outro, e Juan disse :

- Então venha com a gente pegar uma coisa em casa.

Entrei no carro tentando imaginar o que seria. Quando chegamos na garagem da casa deles, a porta na garagem já levava para um corredor, que terminava em um enorme salão. Era onde eles consertavam coisas, e inventavam muitas outras tambem.

Luan abriu uma porta de um armário gigante, e retirou uma peça, cromada e com o mesmo aspecto da espada, e eu fiquei espantado com o que vi :

- O que é isso ?

- Não reconhece ?

- Parece ser o cabo da espada que esta em casa.

- Exatamente.

- Então existem duas iguais aquela, uma do seu Pai e uma do meu irmão ?

- Já estudamos todas as probabilidades da morte de meu Pai, ele não foi morto por uma espada, ele sofreu uma forte pancada na cabeça mesmo.

Isso me aliviou muito, mas logo em seguida :

- Mas meu Pai também tinha um ferimento grave na costela, e esse ferimento era um corte mesmo, como uma espada.

- Acha que meu irmão pode ter feito aquilo ?

- Não ! A cicatriz era muito antiga, seria impossível.

Em minha cabeça, meu irmão era inocente.

Depois de um tempo Kau chegou com Roger em sua moto. Assim que ela tocou a campainha, saímos e entramos no carro, Juan disse para Kau:

- Achamos algo no mínimo curioso, referente ao pedaço da espada.

- Nós seguimos vocês de moto.

Percebi que Kau já sabia de tudo. E me senti mais aliviado, agora , parecia que eu estava de volta ao circulo de amigos, e o cabo da espada quebrado, estava em minhas mãos no banco de trás.

Quando chegamos em casa, eles não quiseram entrar, apesar da insistência de minha Mãe. Ficaram todos no portão, então esperei um pouco, corri dentro de casa e trouxe a espada até o portão. Kau foi a primeira:

- Não há duvidas, é exatamente a mesma coisa, todos os detalhes e desenhos mínimos.

E ficamos todos em um circulo, olhando para os dois artefatos, como se tivessem se quebrado, mas sem explicação.

E então Roger disse:

- A melhor coisa a se fazer agora, é levar essa espada para a policia.

E então, do meio da rua, pelas nossas costas, a voz de Dan ecoou com uma raiva imensa:

- Essa espada só sai daqui por cima do meu cadáver.






[OFF] Para todos os que estão acompanhando a história, peço desculpas pelo atraso dessa semana, mas infelizmente, perdi nesta quinta, uma amiga muito querida de uma forma muito brutal. Agradeço á todos a compreensão e todos os e-mails que estou recebendo sobre a história.

E dedico este EP para minha eterna Lolita, Karina Martins Timóteo. Obrigado por todos os momentos felizes que passamos juntos, descanse em paz.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Capitulo 7 - Bem vindo ao clube : Pam e sua descoberta

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Sil desceu do carro comigo e me acompanhou até o portão da minha casa, minha Mãe estava conversando com um policial, e eu logicamente não precisei de muito tempo até perceber que o assunto era Dan.

- Ele sumiu mesmo, faz uma semana que não da noticias, não liga...

- Ele deixou algum pertence de valor ? A Senhora encontrou alguma arma ou algo do tipo ?

- Nada Senhor. Chris, você viu algo que queira dizer ?

Quando minha Mãe me perguntou isso, só parei pra pensar um pouco, mas meu irmão realmente não trouxe nada, sequer uma lembrança da Índia:

- Não ! Nada.

E os policiais começaram á se retirar.

- Peço a vocês que se descobrirem algo ou encontrarem qualquer coisa que nos leve ao acusado, por favor, entrem em contato.

Nesse instante, a palavra "acusado", feriu minha Mãe como uma bala no peito, e caiu em prantos.

- Eu não consigo pensar em um só motivo.

- O que aconteceu Mãe ?

- Seu irmão Chris. É acusado de ter matado o Pai dos seus amigos, Brian.

- Mas isso é impossível, Brian chegou ...

Foi então que me toquei, Brian foi encontrado morto no dia em que meu irmão voltou, e ambos estavam na Índia, segundo os gêmeos. Então seria verdade ?

Sil pareceu não querer participar muito, e eu não dei muita atenção a ela, estava atormentado, ela se despediu.

- Nos falamos depois Chris.

- Tudo bem, eu te ligo.

Dentro de casa, minha Mãe foi para o quarto dela, seu refúgio desde que perdeu meu Pai, e eu entrei em meu quarto, já olhando todos os cantos, quem sabe eu não acharia algo ?

Eu odeio assistir televisão aos domingos, não tem absolutamente nada. A internet então, enjoado. Sem amigos na rua. Férias de merda, não tinha como ficar pior. Ok ! Tinha. O telefone tocou, era Kau:

- Oi meu melhor amigo lindo do mundo inteiro Chris. Como está o seu domingo ensolarado ?

- Olha, eu não tenho dinheiro.

- E quem disse que eu quero dinheiro ?

- E desde quando, você me liga, e ainda mais com esse amor todo pra dar ?

- Larga de ser chato e mal-agradecido garoto, só quero te pedir um favor.

- Desde que não seja cuidar da Pam.

- Poxa Chris, ela adora você.

- Eu também adoro ela, complicado é o Tails.

- O seu quintal é enorme no fundo, deixe ele lá.

Eu pensei em não aceitar por alguns segundos, mas depois pensei bem. Os pais da Kau nunca ficam em casa, a empregada deles não trabalha aos domingos, e a Pam, irmã mais nova dela, já tinha ficado aqui em casa algumas vezes, minha Mãe adora ela, o problema é que ela não desgruda do cachorro, um Labrador que não para quieto e solta pelôs por todos os cantos. E dessa vez ela não pediu pro Dan, ela pediu pra mim, percebi a minha importância e aceitei :

- Tudo bem, manda o Roger me agradecer depois, beleza ?

- Larga de ser bobo Chris, chego ai em uma hora.

- Ok !

Assim que desliguei, já gritei pra minha Mãe :

- Mãe ! Prepare almoço dobrado, Pam e Tails estão á caminho.

- Kau pediu pra você cuidar da irmãzinha dela ?

- Sim.

- Então ta né.

Será que faz parte da vida os nossos Pais sempre duvidarem de nossas capacidades ?

Ouvi alguém chamando no portão, e quando abri a porta, Pam já estava correndo em minha direção. Admito, ela era linda, tinha o cabelo bem preto, lisinho, pele bem branquinha. Diferente da Kau que era loira, mas as duas tinham os olhos bem castanhos, e se pareciam muito.

- Oi lindinha ?

- Oi.

- Minha Mãe fez bolo de sobremesa ...

- Eba !

- Mas só vai comer se almoçar.

Foi ai que eu desfiz a expressão de alegria dela.

Roger sequer desceu da moto, nem me importei muito na verdade :

- Obrigado Chris, voltamos lá pelas 20 horas pra busca-lá.

- Não se preocupem, amarrarei ela bem forte na cadeira.

Kau me olhou com uma cara fechada.

- Brincadeirinha.

Acho que andei demais com os gêmeos, as brincadeiras saem espontaneamente.

Logo que entrou, Pam já se sentou no sofá, e minha Mãe foi falar com ela. Aproveitei o momento para levar Tails para o quintal dos fundos, tinha uma porta na cozinha que dava pra parte de trás da casa. Já tinha um pedaço de madeira, onde podíamos deixar a porta aberta e ele não ultrapassava, pois ele já tinha ficado algumas vezes lá.

Voltei para o computador e liguei o videogame do meu irmão na sala, pra Pâmela ficar entretida, afinal, eu não sabia o que fazer. E queria muito explicar a situação de ontem para Silvana. Mas explicar o que ? Nem eu tinha mais certeza de nada, e pensei o dia todo.

Pam de repente, apareceu na porta do meu quarto.

- Chris, enjoei.

- Tudo bem linda, quer fazer o que ?

- Não sei.

Pensei rapidamente e lembrei que no fundo de casa, tinha umas estantes cheias de brinquedos e coisas antigas, e o cachorro estava lá, então seria a combinação perfeita.

Fiquei na sala, e como minha Mãe estava no quarto, eu corria toda hora até cozinha, e falava com Pam pela porta. Em uma das minhas idas, resolvi dizer a ela :

- Se tiver algum brinquedo que você goste muito, pode me avisar que eu te dou ele.

Ela concordou com a cabeça, só tinha coisa velha mesmo.

E foi nesse dia, que eu descobri que minhas férias seria uma constante balança entre o tédio e o desespero, pois ouvi alguma coisa de ferro se arrastando pelo chão do quintal, e corri rapidamente para ver o que era, quando cheguei, Pam estava segurando uma enorme espada de metal, manchada de sangue, e com uma faixa enrolada até a metade :

- Chris, eu quero esse.

- Eu não sei porque, mas acho que esse daí, você não vai poder levar.