domingo, 5 de setembro de 2010

Capitulo 11 - Bem vindo ao clube: Os envolvidos

Eu não sabia se estava entendendo bem a situação novamente, como as coisas estão confusas.
Juan virou e disse:
- Só para eu entender melhor. Meu pai estava com militares?
- Sim! E eles se despediram de seu pai, e em seguida entraram em uma limusine e sairam.
- É impossível meu pai se envolver com militares.
- E porque?
Eu imaginei que Juan iria ficar calado, afinal de contas, o pai deles mexia com armas, e as possibilidades dele se envolver com militares era praticamente impossível mesmo.
- Porque meu pai compra e vende armas ilegalmente, só por isso.
Que legal, ele fala com a maior facilidade do mundo pra uma estranha testemunha, e para o Dan e eu nunca falaram nada.
- Nosso pai não se envolve com esse tipo de gente, podemos garantir. Mas agora as coisas fazem menos sentido ainda.
- Mas eram militares sim, mas a cor do uniforme e o estilo, era como se fossem soldados, era algum tipo de militar que eu jamais havia visto.
- Qual era a cor.
- Um era azul, e o outro vermelho.
- Que estranho, nunca vi nada parecido mesmo.
Militares com uniformes coloridos? Realmente algo estranho de se imaginar, mas para os gêmeos, não lhes pareceu muito mais estranho. Eles se olharam e fizeram uma ultima pergunta:
- Tinha algum símbolo no uniforme?
- Tinha sim, mas não pude ver muito bem, eu estava longe demais para isso.
- Obrigado por todas as informações.
- Foi um prazer ajudar.

E de noite, enquanto eu tentava dormir, não conseguia pensar em outra coisa, queria ligar os fatos, encontrar uma luz no fim do túnel e desvendar tudo, mas era praticamente impossível mesmo, faltava alguma coisa e eu tinha esperança que aparecesse assim do nada, como em um passe de mágica. Mas tudo bem, o mistério parecia ser algo legal.

Eu juro que se eu tivesse mais uma semana como essas, eu morreria de tédio. Nada mais tinha graça, internet, televisão, videogame e nem mesmo o violão que tanto gostava de tocar.
Já que era sexta, e eu não falei com os gêmeos desde o final de semana, resolvi ligar pra eles e ver o que iriam fazer, Luan atendeu:
- Vão fazer o que o hoje?
- Simplesmente estamos cansados, e vamos assistir alguns filmes.
- Já pensaram em sair e arrumar namoradas?
- Se eu quisesse dor de cabeça, eu arrumava.
- Eu também não tenho namorada, posso me juntar ao clube?
- Seja bem vindo, liga pras meninas e vê se alguém quer vir também.
Obviamente a primeira pessoa que me veio na cabeça foi a Silvana, eu falei com ela uma vez ou outra durante a semana, mas ela só fazia perguntas sobre o que estava acontecendo e se tínhamos descoberto algo, mas é claro que não.
Liguei para Kaueli, e combinamos todos de ir direto para a casa dos gêmeos, mas eu cheguei primeiro, e os dois estavam discutindo que filme iríamos assistir primeiro:
- Como o pessoal não é da casa, eles não decidem que filme assistir.
- Então vamos assistir algo em que muitas pessoas morrem o filme inteiro porque eu não estou á fim de romance.
Não quis atrapalhar, mas a semana inteira sem saber de nada, eu não sabia o que eles faziam a semana inteira, porque não perguntar? Eles eram meus amigos agora:
- E durante a semana? Não aconteceu nada de confuso novamente?
Eles se olharam, acho que tentaram disfarçar, ou mudar de assunto sem falar nada, mas resolveram falar:
- Você se lembra que a tal testemunha falou dos militares, um azul e um vermelho certo?
- Sim! Claro.
- Então, você também se lembra da parte redonda do cabo da espada?
- Onde querem chegar?
- Vem até aqui.
Subimos um lance de escadas da casa deles, descemos vários outros lances de escadas, e chegamos em um grande porão, eu nunca tinha visto, era a parte de trás da garagem da casa deles.
Logo após passarmos pela porta, a primeira coisa que reparei de estranho, foram duas maquinas, uma de cor azul e uma vermelha, e antes mesmo que eu pudesse perguntar, Luan interrompeu meus pensamentos:
- Nós descobrimos que o cabo da espada, emite uma energia, bem pequena, e então havíamos construído duas maquinas simples, e usamos a energia do cabo para fazer elas funcionarem.
- Mas o que elas fazem?
- Nada ainda, são apenas pequenos motores, construímos elas somente para comprovar a energia da esfera.
- Mas fizeram dessa cor por causa da mulher?
- Ai é que esta, fizemos antes de saber de tudo.
- Antes?
- Exato! Mas achamos que possa ser somente coincidência, já que azul e vermelho sempre foram as nossas cores favoritas. A minha azul, e a do Juan vermelha.
- Descobriram algo sobre a sequência de números?
- Nem pensamos mais nisso, ficamos a semana inteira nesses motores, olha só.
Juan já tinha pego a esfera, e colocou dentro de um cubo transparente, que ligava aos dois motores, e ao fazer isso, automaticamente, os dois motores começaram a funcionar. Eu mal podia acreditar no que eu estava vendo, não tinha cabos , nem botões, simplesmente nada, o cubo transparente simplesmente centralizava a força da esfera diretamente aos motores.
- Seu pai estava com essa esfera certo?
- Sim! Você deve estar pensando que ele foi até a Índia atrás dela, com a intenção de fabricar armas com a força proveniente da esfera certo?
Ok! Ele me pegou, foi a primeira coisa que eu tinha pensado, e Juan completou:
- Se meu Pai foi até a Índia, somente para pegar uma esfera e arriscar a sua vida para fabricar armas potentes, imagine o que o seu irmão não foi capaz de fazer com uma espada inteira.
- Acham que meu irmão esta envolvido?
- Não só esta envolvido, como ele é parte de tudo, ele pode não ter matado meu Pai, mas os dois estavam juntos, isso é um fato.
Conforme tudo acontecia, eu queria achar respostas, mas só achava perguntas.

Largamos tudo no porão e voltamos para a sala, com essa atitude, eu imaginei que eles ainda não mostrariam aquilo tudo para Kau e os demais, que inclusive, estavam demorando para chegar.
Falamos sobre tudo, completamente, pensamos em todas as hipóteses e nada vinha na cabeça, até que eu me lembrei de um fato:
- Quando encontramos seu pai aqui na sala, ele estava com o celular?
E Juan respondeu de cara:
- Não.
- E ligaram para o celular do seu pai depois de tudo?
Luan ficou espantado consigo mesmo, e soltou a frase mais óbvia que poderia ter dito com aquele olhar:
- Como foi que não pensamos nisso antes?
Juan saltou do sofá, e pegou o telefone, mas não lembrava mais o numero de cor. Abriram a agenda, e discaram, colocaram no viva voz, e a voz do outro lado atendeu bravamente:
- O que vocês querem agora?
Luan e Juan me olharam, porque eu sabia bem de quem era a voz, era o Dan.

3 comentários:

Victor A. disse...

Post duplicado? o_O

Enfim, muito foda como sempre *-*

Mari Faustino disse...

Tá mto foda ainda bem q retomei a leitura pq realmente ta boa a história *-*

Asamiya Zaoldyeck disse...

Já falei que tá fantástico? XD
A cada capítulo a história fica mais empolgante e misteriosa... Viciei. ^^